Um curso de direito agrário exclusivo para alunos oriundos de assentamentos da reforma agrária e da pequena agricultura começou a ser ministrado no dia 22, pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Da turma de 60 alunos, 39 têm origem nos assentamentos do Movimento dos Sem-Terra (MST).
Um curso de direito agrário exclusivo para alunos oriundos de assentamentos da reforma agrária e da pequena agricultura começou a ser ministrado no dia 22, pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Da turma de 60 alunos, 39 têm origem nos assentamentos do Movimento dos Sem-Terra (MST). Os futuros advogados estudam no campus avançado da UFG da Cidade de Goiás, ex-capital do Estado, Patrimônio Cultural da Humanidade desde 2001, a 130 quilômetros a noroeste de Goiânia.
Coube ao ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal (STF), dar a primeira aula para a turma, numa sala especial, improvisada no Teatro São Joaquim, onde são projetados os principais filmes do Festival Internacional do Cinema Ambiental (Fica), realizado anualmente na Cidade de Goiás. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou uma carta aos alunos, cumprimentando-os pelo ineditismo do curso.
Para se inscrever ao vestibular, os 630 pretendentes tiveram de apresentar documento emitido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), atestando que são de assentamentos ou da pequena agricultura. ‘Trata-se de um curso de direito com especialização na questão agrária. A intenção é formar advogados especialistas no direito agrário, mantendo-os em suas origens’, diz a pró-reitora de graduação da UFG, Sandra Mara Chaves, doutora em educação pela USP. ‘O curso foi aberto por demanda da comunidade (MST) e do Incra’, afirma.
Os custos anuais previstos são de R$ 180 mil. Serão bancados na quase integralidade pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. O curso terá duração de cinco anos, com estrutura de uma graduação comum de direito. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Agência Estado