Grupo de mulheres assentadas pelo Incra expõe tecelagem artesanal

O Grupo de Mulheres Cores do Algodão, formado por trabalhadoras rurais de assentamentos criados pelo Incra no município de Pedra Preta (MT), participou em São Paulo da 14ª Paralela Gift, realizada de 13 a 17 de agosto e voltada exclusivamente para apresentar novos produtos para lojistas.

O Grupo de Mulheres Cores do Algodão, formado por trabalhadoras rurais de assentamentos criados pelo Incra no município de Pedra Preta (MT), participou em São Paulo da 14ª Paralela Gift, realizada de 13 a 17 de agosto e voltada exclusivamente para apresentar novos produtos para lojistas. A idéia de trabalhar com o algodão na reforma agrária foi da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri), por meio do Projeto de Desenvolvimento Sustentável da Cotonicultura Familiar no Mato Grosso. A meta do grupo de mulheres é formar uma cooperativa.

As artesãs mostraram echarpes, xales, mantas, tapetes e caminhos de mesa feitos com fios de algodão naturalmente coloridos nas cores verde, marrom e bege. A participação no evento foi viabilizada por meio de projeto coordenado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) com o apoio da Secretaria de Estado de Indústria e Comércio, envolvendo também os grupos Fibra do Cerrado, Colônia de Mulheres e Fibra Nativa, das cidades de Primavera do Leste e Rondonópolis, na região sul de Mato Grosso.

Algodão e reforma agrária

O Cores do Algodão é formado por 24 mulheres de quatro grupos dos assentamentos São José Operário, Santo Antonio do Norte, Wilson Medeiros e Banco da Terra, em Pedra Preta (MT). A organização dos trabalhos começou em 2004, quando as agricultoras receberam treinamento de carda (tratamento das fibras a serem usadas na fiação), fiação, tingimento, urdidura e tecelagem. Antes, as artesãs trabalhavam com algodão doado por empresas produtoras e beneficiadoras. A partir deste ano, iniciaram o plantio do algodão nos próprios assentamentos, nas cores bege, marrom, verde e branco. Cada família planta o algodão em um hectare de terra e fica responsável por uma das cores do produto. O cultivo é orgânico, garantindo sustentabilidade ambiental, econômica e social.

A meta dos grupos de artesãs do Mato Grosso é se organizar em uma cooperativa, agregando outras famílias e novos produtos. Espelhadas no projeto de tecelagem, outras mulheres e suas famílias dos assentamentos do estado já criaram grupos de costura, pintura, bijuteria com sementes, plantação de hortaliças e de fabricação rapadura.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

7 + 2 =